
Ainda existe uma ideia errática, mesmo no Japão, sobre a natureza da profissão das Geisha.Geisha são vistas como prostitutas por muitos ocidentais. Contudo, a Geisha legitima não se envolve em sexo pago com os seus clientes. O seu propósito é o entreter o cliente, seja dançando, recitando versos, tocando os seus instrumentos musicais ou apenas conversando. Os acordos das Geisha podem incluir "flirt" com homens, contudo os clientes sabem que não podem esperar mais que isso. Num estilo social comum no Japão, os homens divertem-se com a ilusão daquilo que nunca se passará.
As Gesha são confundidas com as cortesãs de classe alta do período Edo conhecidas como Oiran, de onde elas evoluiram. Tal como as Geisha, as Oiran usavam penteados elaborados e maquilhagem branca, mas as Oiran atavam o obi à frente. Tem sido comum o pensamento de que o obi era atado desta forma para ser mais fácil de remover, embora a antropologista Liza Dalby tenha sugerido que era por ser pratica das mulheres casadas na época.
Durante o período Edo a prostituição era legal. Prostitutas como as Oirnan trabalhavam dentro de "distritos fechados", licenciados pelo governo. No século XVII, as Oiran por vezes contratavam homens a que chamavam "geisha" para actuarem nas suas festas. As primeiras Geisha foram então homens. No final do século XVIII, as mulheres bailarinas eram denominadas "Odoriko" e as novas e populares mulheres Geisha começaram a entreter homens em banquetes, em distritos não licenciados. Algumas foram presas por prostituição ilegal e enviadas para as zonas licenciadas, onde havia uma severa distinçao entre Geisha e prostitutas, e as Geisha eram proibidas de vender sexo. Em contraste, "machi geisha", que trabalhavam fora dos distritos licenciados, estavam muitas vezes envolvidos em prostituição ilegal.
Em 1872, logo após a restauração Meiji, o novo governo aprovou uma lei liberando prostitutas (shōgi) e Geisha (geigi). A denominação deste estatuto foi objecto de controvérsia. Alguns oficiais pensavam que prostitutas e geisha trabalhavam de duas formas na mesma profissão, vendendo sexo, e que todas as prostitutas deveriam assim ser chamadas de geisha. No final, o governo decidiu manter uma linha de separação entre os dois grupos, declarando que as geiha eram mais refinadas e não deveriam ser conspurcadas por associação com prostitutas.
Também as geisha que trabalhavam em cidades como Atami são denominadas onsen geisha. Onsen geisha tem má reputação devido ao facto da prostituição prevalecer em cidades como esta e devdo ao facto das prostitutas usarem o nome geisha, assim como também aos sórdidos rumores de coreografias de danças como "Shallow River" ( em que as "bailarinas" levamtam as saias do seu kimono muito alto). Contrastando com estas falsas "geisha", as verdadeiras onsen geisha que trabalhavam em Nagano em 1930, revelaram que no passado, mulheres assim eram muito pressionadas para vender sexo. Onsen são também nascentes de água quente naturais.
Era tradicional no passado para as Geisha, terem um patrono, chamado de danna. Um Danna era por norma um homem rico, por vezes casado, que tinha meios de sustentar as enormes despesas com o tradicional treino das geisha e outras despesas. Hoje isto por vezes ainda acontece, mas é raro.
Uma Geisha e o seu Danna podem ou não estar apaixonados, mas intimidade nunca é vista como recompensa pelo suporte financeiro do danna. As convenções e valores tradicionais nesta relação são muito intrincados e pouco entendidos, até pelos japoneses.
Embora seja verdade que as Geisha são livres para se envolverem numa realção com uma homem que ela tenha conhecido através do seu trabalho, tais relacionamentos são escolhidos cuidadosamente e raramente são futeis. A hanamachi é uma comunidade muito pequena e a boa reputação de uma geisha não é deitada fora de ânimo leve.
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Fonte de informação wikipedia