26 de fevereiro de 2009

Harvey Milk


Hoje quero falar sobre pessoas diferentes. Há muitas pessoas no mundo, todas são diferentes, mas verdadeiramente diferentes e especiais há poucas.
Diferenças...quero falar de uma pessoa diferente, que já não habita entre nós, mas que foi uma pessoa muito especial e que lutou pelo direito à diferença.
Num mundo que cada vez mais vejo homofóbico e castrador, quero lembrar aqui alguém que lutou para que as pessoas pudessem ter a liberdade de SER!!!!

Eu confesso não conhecia este grande senhor, mas graças ao recente filme "Milk", espantosamente protagonizado por Sean Pen, passei a conhecer mais uma pessoa que lutou e venceu uma batalha muito importante na altura e que trouxe alguns benefícios ao tempo presente.

Harvey Milk foi o primeiro homem abertamente homossexual a vencer uma eleição para uma posição de poder na Camara em São Francisco. Sendo assim, e como seria de esperar naquela altura assim como ainda hoje, despertou muitos ódios e invejas, etc.
Em toda a consciência da sua posição, ele sabia que a hipótese de ser assassinado era grande e como tal em 18 de Novembro de 1977, ele fez uma gravação com instruções para ser ouvida apenas em caso de ser assassinado. Nela ele diz:
"If a bullet should enter my brain, let that bullet destroy every closet door."
Precisamente 1 ano depois, a 27 de Novembro de 1978, Milk e o Mayor Moscone foram assassinados por Dan White, um ex-policia que "chocou" com Milk por questões gay.
Depois de ter morto o Mayor, White entrou no escritório de Milk e disparou cinco tiros.

Harvey e pessoas como ele devem ser lembradas sempre e constantemente para que jamais alguém esqueça como é dificil e dura a conquista da liberdade.

Ainda hoje em dia ouço e leio coisas que me fazem pensar se realmente evoluímos alguma coisa. Ainda se matam pessoas por serem homossexuais, ainda há quem considere que a homossexualidade é uma doença, ainda há quem diga que amor verdadeiro só entre um homem e uma mulher e as maiores atrocidades são ditas por pessoas ditas "cultas" e "esclarecidas".

Por todos os que são homossexuais, pela diferença, pelo respeito devido a todos eu faço aqui a minha homenagem a todos e todas aquelas que lutaram e lutam como Milk.




I can be killed with ease.
I can be cut right down.
But I cannot fall back into my closet.

I have grown.
I am not myself.
I am too many.
I am all of us.

Harvey Milk



12 de fevereiro de 2009

Sam

Um bombeiro voluntário Australiano, David Tree, salvou a Sam. Sam estava perdida e com as patinhas queimadas na floresta de Mirboo North, a 90 km de Melbourne. Estava assustada e com dores, e Tree falando gentilmente com ela, conseguiu aproximar-se e dar-lhe água por uma garrafa de plástico. Ela pos a sua patinha queimada na mão dele. Enternecedor e mereçedor de todo o louvor o acto deste bombeiro.

A Sam está num abrigo para animais, para onde já foram levados cerca de 20 Koalas após o fogo, o que provocou alguma satisfação uma vez que os Koalas são animais que se movimentam devagar no chão e por isso com mais propabilidades de terem morrido no fogo que devastou a Australia. Sam já está a recuperar e arranjou no abrigo um amigo, o Bob, que também sofreu queimaduras de terceiro grau em 3 patas. Eles gostam tanto um do outro que os tratadores relatam que passam o tempo todo a dar abraços. Ou será que esses abraços serão para se consolarem um ao outro da desgraça que devastou as suas casas e para aliviar a dores que devem sentir das queimaduras???!!! Isso nunca saberemos!!

Sam sofreu queimaduras de segundo grau nas patinhas e demorará entre 7 a 8 meses para recuperar completamente. Mas está a ser tratada e cuidada.
Enquanto uns matam e maltratam animais indiscriminadamente e sem pensarem duas vezes, é muito bom e reconfortante ver como há quem faça a diferença. Sorte da Sam ter sobrevivido ao fogo, pois as autoridades falam em milhões de animais mortos pelo fogo.
Aqui vos deixo as bonitas imagens de Sam e Tree.







11 de fevereiro de 2009

Animal Welfare Footprint


Hoje, mais uma vez, venho falar de animais.
A RSPCA (instituição que trabalha por um mundo em que todos os humanos respeitem e vivam em harmonia com todos os outros seres do reino animal e promove acções de sensibilização e previne a crueldade para com os animais ) lançou na Internet o Animal Welfare Footprint.
Agora que tanto se ouve falar de pegada ambiental por causa dos vôos, carros, comboios, etc, finalmente aparece um meio de medir a pegada de cada humano em relação à defesa e protecção dos animais. E não se esqueçam do quanto é importante protegerem o ambiente, por todas as razões e mais algumas, basta olhar no estado em que o planeta já se encontra e protegendo o ambiente, protege-se também os animais.
Desafio todos a passarem por lá e testarem se realmente respeitam ou não os animais e em que medida.
Deixo o link para os suficientemente corajosos para se enfrentarem e desafiar a si mesmos a melhorar (e não vale a pena não responder sinceramente pois só estará a enganar a si próprio).

1 de fevereiro de 2009

Sandy Allen


Ontem há noite, vi um documentário extremamente interessante "Medical Remedies", que me impressionou no aspecto em que num mundo onde as "diferenças" continuam a ser tidas como más, existam pessoas "diferentes" tão especiais.
O programa era sobre gigantismo e explicava três causas de gigantismo, em três pessoas diferentes. Dois Senhores e uma Senhora, Sandy Allen, de quem eu vou falar um pouco.

Sandra Elaine Allen, conhecida como Sandy Allen, nasceu a 18 de Junho de 1955 no Illinois, Chicago e foi reconhecida como a mulher mais alta do mundo enquanto viva de acordo com o Guiness World Records. Ela media 2.32m.
Ela escreveu um livro intitulado Cast a Giant Shadow e apareceu no Guiness Book of Records desde 1976. Ela assegurou o titulo de mulher mais alta durant os últimos 18 anos da sua vida. A sua altura excessiva era devida a um tumor na glandula pituitária que causou a libertação incontrolada da hormona de crescimento. Aos 22 anos ela fez uma operação, sem a qual teria continuado a crescer e a sofrer mais problemas de saúde associados ao gigantismo.
De qualquer forma, segundo as suas palavras no dito documentário, não conseguiram retirar todo o tumor, o que provocou a continuação do crescimento de algumas partes do seu corpo, como o femur, os ossos do cranio, como o frontal, zigomático, mandíbula, etc..
Sandy apareceu no filme Il Casanova de Frederico Felini, num filme de TV chamado Side Show, num documentário Americo/Canadiano Being Different. A banda Neo Zelandesa Splitz End imortalizou-a na canção "Hello Sandy Allen" lançada em 1982, no album Time and Tide.
Sandy a partir de certa altura passou a usar cadeira de rodas porque as suas pernas e costas deixaram de suportar a sua estatura em pé. Também esteve de cama devido a doença e consequentemente os seus músculos atrofiaram. Por causa da sua limitação física, Sandy passou os seus últimos anos em Shelbyville, em Indiana, num centro de reformados, o mesmo que albergara Edna Parker, a anterior detentora do recorde de mulher mais idosa do mundo.
O jornal The Indianopolis Star informou que Sandy faleceu na madrugada de 13 de Agosto de 2008.
Adorava crianças e trabalhar com elas e como sempre teve orgulho da sua altura e usou o seu exemplo para ensinar a crianças que não há problema em ser diferente.


It´s OK to be different!!!